quarta-feira, dezembro 21, 2011

o sistema democrático

"Da literatura à ecologia, da fuga das galáxias ao efeito estufa, do tratamento do lixo à congestão no tráfego, tudo se discute neste nosso mundo. Mas o sistema democrático, como se de um dado definitivamente adquirido se tratasse, intocável por natureza até à consumação dos séculos, esse não se discute."

José Saramago

segunda-feira, dezembro 19, 2011

domingo, dezembro 18, 2011

aqui estão

"Aqui estão os loucos. Os desajustados. Os rebeldes. Os criadores de caso. Os pinos redondos nos buracos quadrados. Aqueles que vêem as coisas de forma diferente. Eles não curtem regras. E não respeitam o status quo. Você pode citá-los, discordar deles, glorificá-los ou caluniá-los. Mas a única coisa que você não pode fazer é ignorá-los. Porque eles mudam as coisas. Empurram a raça humana para a frente. E, enquanto alguns os vêem como loucos, nós os vemos como geniais. Porque as pessoas loucas o bastante para acreditar que podem mudar o mundo, são as que o mudam."

Jack Kerouac

sexta-feira, dezembro 16, 2011

terça-feira, dezembro 13, 2011

são tão

Porque homens são tão filhos da puta no que diz respeito à mulheres e porque mulheres são tão burras quando se trata de homens???... Racionalmente, faria mais sentido mulheres relacionarem-se com mulheres e homens com homens. Não digo em relação a tesão e sexo - isso é inquestionável (ou questionável) dependendo de sua opção sexual - mas sentimental e emocionalmente, creio eu, pois as neuroses são compatíveis. Meu irmão perguntou se estou sofrendo por homem, aliás, não foi uma pergunta e sim uma afirmação debochada. NÃO, não estou sofrendo por homem; ESTOU É PUTA com homem. Não me importo de levar um fora - afinal, acontece - o que me irrita é não saber se levei um fora porque o babaca não é claro! Bem feito para mim por ser emocional. E um viva à razão!

segunda-feira, dezembro 12, 2011

"E quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão..."

sexta-feira, dezembro 09, 2011

PAZ - Antonio Barreto

1. Excesso de noite nos olhos de uma estrela.
      Linha de luz e silêncio
      paralela à que os anjos fazem
      quando voltam pra casa.
      (Região desconhecida onde Deus faz suas orações).
     Momento interno da alma
      quando todos os sentidos perdem os sentidos.

2. Diz-se dos mísseis, das bombas e dos abrigos
      subterrâneos
      quando estão dormindo sob a terra em chamas
      e os homens se queimando
      numa guerra fria.

3. Espécie de cefaléia crônica:
       doença muito comum aos loucos, nefelibatas,
       poetas e soldados.

4. PAZ: ausência de conflitos entre pessoas míopes
                      (querendo fazer as pazes)
       e que,
       mesmo longínquas,
       possuem a humanidade bélica dos kamikases
       e a fraternidade suicida dos átomos.

5. PAZ: revelação provisória do nada absoluto,
       esperança eterna, o último fruto
       dos cogumelos do apocalipse.

6. PAZ: se houver Futuro, 
       uma criança apascentando as árvores.
              Uma legião de chefes de estado
              em estado de fotossíntese.

(In Revelações do Abismo) 

quinta-feira, dezembro 08, 2011

O nosso - Jorge Luis Borges

Amamos o que não conhecemos, o já perdido. 
O bairro que já foi arredores 
Os antigos que não nos decepcionaram mais 
porque são mito e esplendor. 
Os seis volumes de Schopenhauer que jamais terminamos de ler. 
A saudade, não a leitura, da segunda parte do Quixote. 
O oriente que, na verdade, não existe para o afegão, o persa ou o tártaro. 
Os mais velhos com quem não conseguiríamos 
conversar durante um quarto de hora. 
As mutantes formas da memória, que está feita do esquecido. 
Os idiomas que mal deciframos. 
Um ou outro verso latino ou saxão que não é mais do que um hábito. 
Os amigos que não podem faltar porque já morreram. 
O ilimitado nome de Shakespeare. 
A mulher que está a nosso lado e que é tão diversa. 
O xadrez e a álgebra, que não sei.

quarta-feira, dezembro 07, 2011

inquietação feliz

Nunca me dê o céu... Quero é sonhar com ele na inquietação feliz do purgatório.
(Mário Quintana)

segunda-feira, dezembro 05, 2011

domingo, dezembro 04, 2011

Provérbio chinês

"Um momento de paciência pode evitar um grande desastre; um momento de impaciência pode arruinar toda uma vida."

sábado, dezembro 03, 2011

Sábio Quintana

A vida é triste, o mundo é louco!
Nem vale a pena matar-se por isso.
Nem por ninguém.
Por nenhum amor…
A vida continua, indiferente.

quarta-feira, novembro 30, 2011

"

Não precisamos saber tudo sobre as pessoas que amamos.

terça-feira, novembro 29, 2011

Auto-Retrato Falado - Manoel de Barros

Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que
fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

segunda-feira, novembro 28, 2011

Start the day

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo." (José Saramago)

"Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos." (Einstein)

"O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele." (Nietzsche)

"Tolo é aquele que afundou seu navio duas vezes e ainda culpa o mar." (Publylus Syrus)

quinta-feira, novembro 24, 2011

Fabrício Carpinejar

Procurei entender os sinais
suspensos entre as colunas
e as fechaduras. Empenhei-me
em esclarecer os recados
apressados de socorro,
o tambor lacerado das paredes.
decifrei o grafite dos banheiros
públicos, as inscrições puídas
no lenho, os volantes
recebidos no trânsito.
A vida com erros de ortografia
tem mais sentido.
Ninguém ama com bons modos.

quarta-feira, novembro 23, 2011

terça-feira, novembro 22, 2011

LXXXI - Baudelaire

É impossível percorrer uma gazeta qualquer, seja de que dia for, ou de que mês, ou de que ano, sem nela encontrar, a cada linha, os sinais da perversidade humana mais espantosa, ao mesmo tempo que as gabolices mais surpreendentes de probidade, de bondade, de caridade, e as afirmações mais descaradas a respeito do progresso e da civilização.
Os jornais, sem exceção, da primeira à última linha, não passam dum tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, impudicícias, torturas, crimes dos príncipes, crimes das nações, crimes dos particulares, uma embriaguez de atrocidade universal.
É com esse repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de cada manhã. Tudo, nesse mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o semblante do homem.
Não compreendo que uma mão pura possa tocar num jornal sem uma convulsão de repugnância.

segunda-feira, novembro 21, 2011

Num muro por aí...

AME A TODOS
CONFIE EM POUCOS
MAS NÃO SEJA INJUSTO COM NINGUÉM

segunda-feira, novembro 07, 2011

Eu vou tirar você desse lugar



Música de Odair José, em um cover maravilhoso do Los Hermanos

sábado, novembro 05, 2011

Algumas verdades de Caio Fernando

"Quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, uma desculpa."

"tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"

"E que graça teria a vida, se só houvessem dias ensolarados e amigos equilibrados?"

"Tenho fantasmas terríveis dentro de mim, preciso encará-los."

"Tem muita coisa que, francamente, cá entre nós, não faço mesmo questão de saber."

sábado, outubro 29, 2011

Charles Bukowski

"Caí em meu patético período de desligamento. Muitas vezes, diante de seres humanos bons e maus igualmente, meus sentidos simplesmente se desligam, se cansam, eu desisto. Sou educado. Balanço a cabeça. Finjo entender, porque não quero magoar ninguém. Este é o único ponto fraco que tem me levado à maioria das encrencas. Tentando ser bom com os outros, muitas vezes tenho a alma reduzida a uma espécie de pasta espiritual. Deixa pra lá. Meu cérebro se tranca. Eu escuto. Eu respondo. E eles são broncos demais para perceber que não estou mais ali."

domingo, outubro 23, 2011

mais sorte do que gostaria

É por isso que não me canso de dizer, qualquer amor que possa receber e dar, qualquer felicidade que possa se apropriar ou fornecer, cada breve gesto gentil, o que funcionar, está valendo. E que ninguém se engane, nem tudo depende da genialidade humana. A maior parte de sua existência é mais sorte do que gostaria de admitir.

Filme Whatever Works

sexta-feira, setembro 30, 2011

sábado, setembro 24, 2011

fé ou você tem ou você não tem. não existe meio termo quando se trata de fé, como é que é, você meio que acredita?

sábado, setembro 17, 2011

sexta-feira, setembro 16, 2011

quinta-feira, setembro 15, 2011

Já dizia meu amado vozinho:

"tá cutucando onça com vara curta, fio."

terça-feira, setembro 13, 2011

No facebook

"Tem gente que acha que ser feio é bonito."

domingo, setembro 11, 2011

Dia Branco - Geraldo Azevedo



Se você vier pro que der e vier comigo
Eu lhe prometo o Sol... se hoje o Sol sair
Ou a chuva se a chuva cair

Isso é lindo demais!

terça-feira, setembro 06, 2011

domingo, setembro 04, 2011

Buda

"É capaz quem pensa que é capaz."

quinta-feira, setembro 01, 2011

A cabra e Francisco

Madrugada. O hospital, como o Rio de Janeiro, dorme. O porteiro vê diante de si uma cabrinha malhada, pensa que está sonhando.
- Bom palpite. Veio mesmo na hora. Ando com tanta prestação atrasada, meu deus.
A cabra olha-o fixamente.
- Está bem, filhinha. Agora pode ir passear. Depois você volta, sim?
Ela não se mexe, séria.
- Vai, cabrinha, vai. Seja camarada. Preciso sonhar outras coisas. É a única hora em que sou dono de tudo, entende?
O animal chega-se mais para perto dele, roça-lhe o braço. Sentindo-lhe o cheiro, o homem percebe que é de verdade, e recua.
- Essa não! Que é que você veio fazer aqui, criatura? Dê o fora, vamos.
Repele-a com jeito manso, porém a cabra não se mexe, encarando-o sempre.
- Aiaiai! Bonito. Desculpe, mas a senhora tem de sair com urgência, isto aqui é um estabelecimento público. (Achando pouco satisfatória a razão.) Bem, se é público devia ser para todos, mas você compreende... (Empurra-a docemente para fora, e volta à cadeira.)
- O quê? Voltou? Mas isso é hora de me visitar, filha? Está sem sono? Que é que há? Gosto muito de criação, mas aqui no hospital, antes do dia clarear... (Acaricia-lhe o pescoço.) Que é isso? Você está molhada? Essa coisa pegajosa... O que: sangue?! Por que não me disse logo, cabrinha de Deus? por que ficou me olhando assim feito boba? Tem razão: eu é que não entendi, devia ter morado logo. E como vai ser? Os doutores daqui são um estouro, mas cabra é diferente, não sei se eles topam. Sabe de uma coisa? Eu mesmo vou te operar!
Corre à sala de cirurgia, toma um bisturi, uma pinça; à farmácia, pega mercúrio-cromo, sulfa e gaze: e num canto do hospital, assistido por dois serventes, enquanto o dia vai nascendo, extrai do pescoço da cabra uma bala calibre 22, ali cravada quando o bichinho, ignorando os costumes cariocas da noite, passava perto de uns homens que conversavam à porta de um bar.
O animal deixa-se operar, com a maior serenidade. Seus olhos envolvem o porteiro numa carícia agradecida.
- Marcolina. Dou-lhe este nome em lembrança de uma cabra que tive quando garoto, no Icó. está satisfeita, Marcolina?
- Muito, Francisco.
Sem reparar que a cabra aceitara o diálogo, e sabia o seu nome, Francisco continuou:
- Como foi que você teve ideia de vir ao Miguel Couto? O Hospital Veterinário é na Lapa.
- Eu sei, Francisco. Mas você não trabalha na lapa, trabalha no Miguel Couto.
- E daí?
- Daí, preferi ficar por aqui mesmo e me entregar a seus cuidados.
- Você me conhecia?
- Não posso explicar mais do que isso, Francisco. As cabras não sabem muito sobre essas coisas. Sei que estou bem a seu lado, que você me salvou. Obrigada, Francisco.
E lambendo-lhe afetuosamente a mão, correu os olhos para dormir. Bem que precisava.
Aí Francisco levou um susto, saltou para o lado:
- Que negócio é esse: cabra falando?! nunca vi coisa igual na minha vida. E logo comigo, meu pai do céu!
A cabra descerrou um olho sonolento, e por cima das barbas parecia esboçar um sorriso:
- Pois você não se chama Francisco, não tem o nome do santo que mais gostava de animais neste mundo? Que tem isso, trocar umas palavrinhas com você? Olhe, amanhã vou pedir ao Ariano Suassuna que escreva um auto da cabra, em que você vai para o céu, ouviu?

Estrambote
Que um dia Francis Jammes abra
lá no alto seu azul aprisco.
Mande entrar Marcolina, a cabra,
e seu bom amigo Francisco.


Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, agosto 31, 2011

terça-feira, agosto 30, 2011

Patativa do Assaré

Eu nunca falei à toa.
Sou um cabôco rocêro,
Que sempre das coisa boa
Eu tive um certo tempero.
Não falo mal de ninguém,
Mas vejo que o mundo tem,
Gente que não sabe amá,
Não sabe fazê carinho,
Não qué bem a passarinho,
Não gosta dos animá.

Já eu sou bem deferente.
A coisa mió que eu acho
É num dia munto quente
Eu i me sentá debaxo
De um copado juazêro,
Prá escutá prazentêro
Os passarinho cantá,
Pois aquela poesia
Tem a mesma melodia
Dos anjo celestiá.

(...)

quarta-feira, agosto 24, 2011

o tempo e o povo

O povo reclama de tudo! Se faz frio, o povo reclama. Se faz calor, o povo reclama. Se chove, o povo pede Sol. Aí vem o Sol, e logo está o povo pedindo pela chuva! Putz grila! Qual a dificuldade que o ser humano tem em estar satisfeito???... GENTE É FODA!

segunda-feira, agosto 22, 2011

Capitão Paul Watson

Why are we expected to be nice to those who kill the whales? Why are we expected to sit down for dinner and hear their side, to listen to their justifications? Would we sit down for dinner, be polite and nice with a serial killer, a rapist or a child molester? No we would not, and that is why we have no intention of being nice to people who torture and slaughter the whales. We are here to save whales not to socialize with remorseless sadistic killers.

quarta-feira, agosto 17, 2011

Chapas de Viagem 198


- Você usa um símbolo de paz no peito e no capacete tens escrito "Nascido para matar." Isso é algum tipo de piada mórbida?
- Sugere a dualidade do homem.
FULL METAL JACKET

- O vô ronca.
- Eu não ronco, o meu corpo é que ronca. Eu estou dormindo, não me dou conta de nada.
A OUTRA MARGEM

- Ela é uma senhora ou uma prostituta?
- Insulte-a. Se for uma prostituta, ficará zangada; se for uma senhora, sorrirá.
VIVRE SA VIE

quarta-feira, agosto 10, 2011

Stand By Me

Gordie: Você acha que eu sou estranho?
Chris: Definitivamente.
Gordie: Não, cara, sério. Eu sou estranho?
Chris: Sim, mas e daí? Todo mundo é.

quarta-feira, julho 27, 2011

let´s go!

"Look at you. You´re young. And you´re scared. Why are you so scared? Stop being paralyzed. Stop swallowing your words. Stop caring what other people think. Wear what you want. Say what you want. Listen to the music you want to listen to. Play it loud as fuck and dance to it. (...) Live now. Do it now. Take risks. Tell secrets. This life is yours. When are you going to realize that you can do whatever you want?"

terça-feira, julho 26, 2011

"pau ele tem, falta é movimento pélvico." (ju)

quinta-feira, julho 21, 2011

sonhadores

- Você é um sonhador?

- Sim.

- Não tenho visto muitos ultimamente. 
As coisas andam difíceis para os sonhadores.


Waking Life

quarta-feira, julho 20, 2011

Seu lindo

GIBA

terça-feira, julho 19, 2011

Até que a gente se perca

Ao longo da vida vamos nos perdendo das pessoas. Um dia alguém é nosso presente e futuro, quando nos damos conta ficou no passado - e já é tarde demais... Os caminhos são diferentes, o que nos torna diferentes, e aquele alguém essencial já não cabe mais em seu mundo agora.
Certa vez li que "o mato cresce nos caminhos pouco percorridos", e de repente "capinar" (com desculpa da metáfora vulgar) é tão desgastante que simplesmente aceitamos com resignação o fato de que a vida é feita de separações. E seguimos em frente. Até o dia em que o máximo que teremos uns para os outros será um sorriso e um "olá" de passagem...

quinta-feira, julho 14, 2011

Minha Vida no Shuffle

1. Abra sua lista de música (iPod, iTunes, Windows Media Player, etc.);
2. Coloque no modo shuffle;
3. Aperte o play;
4. Para cada pergunta abaixo, escreva o nome da música que esteja tocando;
5. Quando passar para a próxima pergunta, aperte o botão pra avançar pra outra faixa.

Tema do Seu Nascimento: Someday My Prince Will Come – Miles Davis

Primeiro Dia na Escola: Just Give me Time – Okkervil River

Tema de sua Vida Escolar: In the Back Seat – Arcade Fire “My whole life, I´ve been learning”

Primeira Rebeldia: The Velocity of Saul at the Time of His Conversion – Okkervil River

Primeiro PT: Mississippi Freestylin – Slow Train Soul “Give me some medicine for my pain”

Tema Atual da sua Vida: You Can´t Always Get What You Want – Rolling Stones

Sua Canção de Namorados: Reconsider Me – Steve Earle & Reckless Kelly

Música de seu Casamento: El Cielo – Radio Citizen “I lost the signal in a tunnel for a while”

Primeira Canção em seu Carro: Sultans of Swing – Dire Straits “Way on down south London town”

Tema de seus Flashbacks: Lying in the Hands of God – Dave Matthews Band “If you never flew why would you?”

Tema do Nascimento do seu Primeiro Filho: Bad Place to Earn a Living - Lodger

Música que Estará Ouvindo Quando Morrer: Dog Days are Over – Florence and the Machine“Happiness hit her like a train on a track”

Música do Funeral: No Pagode do Vavá – Paulinho da Viola “Nego tirava o sapato, ficava à vontade, comia com a mão/Uma batida gostosa que tinha o nome de doce ilusão”

Musica que Cantará para Todos de Onde Estiver: Old Friend – Alexander Ebert “I´m feeling good”

terça-feira, julho 12, 2011

Humano demasiado humano

"É chamado de espírito livre aquele que pensa de modo diverso do que se esperaria com base em sua procedência, seu meio, sua posição e função, ou com base nas opiniões que predominam em seu tempo. Ele é exceção, os espíritos cativos, a regra; [...] De resto, não é próprio da essência do espírito livre ter opiniões mais corretas, mas sim ter se libertado da tradição, com felicidade ou com um fracasso. Normalmente, porém, ele terá ao seu lado a verdade, ou pelo menos o espírito da busca da verdade: ele exige razões; os outros, fé."

Nietzsche

segunda-feira, julho 04, 2011

Filme Horizonte Perdido (1937)

"... Não terei um exército. Vou dispensar o meu. Afundarei meus navios de guerra, destruirei cada peça de artilharia. Quando o inimigo chegar, direi: Entrem, em que posso ajudar? - Então os coitados dos soldados inimigos vão parar para pensar. E o que pensarão: Há algo errado aqui. Fomos enganados. Isso não está de acordo. Eles são amigáveis. Por que matá-los? - E baixarão suas armas. Viu como tudo é simples? Um chute em séculos de tradição! E me arrastarão para o manicômio mais próximo."

- Qual religião vocês seguem?
- Em suma, nossa crença básica é na moderação. Pregamos a virtude de evitar qualquer tipo de excesso incluindo até mesmo o excesso de virtude. Governamos moderadamente, e nos obedecem com moderação. Consequentemente, nosso povo é moderadamente honesto, moderadamente casto e, de certa forma, moderadamente feliz.
- E quanto à lei e à ordem? Não há soldados nem polícia?
- Oh, por Deus, não.
- E como lidam com os criminosos?
- Não há crimes aqui. O que forma um criminoso? Carência, geralmente; avareza, inveja, o desejo de ter algo que outra pessoa possui. Não pode haver crime onde há abundância.

"Você não imagina como um pouco de gentileza ajuda a amenizar os problemas mais complicados."

"Veja o mundo hoje. Há algo mais lamentável? Quanta loucura, quanta cegueira! Quantos líderes sem inteligência! Uma massa de seres enlouquecidos trombando uns contra os outros. Movida por uma orgia de ganância e brutalidade. Virá o tempo, meu amigo, em que esta orgia se consumirá. A brutalidade e o desejo pelo poder perecerão pela própria espada. (...) E um modo de vida baseado numa única e simples regra surgirá: SEJA BOM."


Quero propor um brinde: à esperança de que todos nós encontremos nosso Shangri-lá.

sexta-feira, julho 01, 2011

Soberania

Naquele dia, no meio do jantar, eu contei que 
tentara pegar na bunda do vento — mas o rabo
do vento escorregava muito e eu não consegui 
pegar. Eu teria sete anos. A mãe fez um sorriso 
carinhoso para mim e não disse nada. Meus irmãos 
deram gaitadas me gozando. O pai ficou preocupado 
e disse que eu tivera um vareio da imaginação. 
Mas que esses vareios acabariam com os estudos. 
E me mandou estudar em livros. Eu vim. E logo li 
alguns tomos havidos na biblioteca do Colégio. 
E dei de estudar pra frente. Aprendi a teoria
das idéias e da razão pura. Especulei filósofos
e até cheguei aos eruditos. Aos homens de grande 
saber. Achei que os eruditos nas suas altas 
abstrações se esqueciam das coisas simples da 
terra. Foi aí que encontrei Einstein (ele mesmo
— o Alberto Einstein). Que me ensinou esta frase: 
A imaginação é mais importante do que o saber. 
Fiquei alcandorado! E fiz uma brincadeira. Botei 
um pouco de inocência na erudição. Deu certo. Meu 
olho começou a ver de novo as pobres coisas do 
chão mijadas de orvalho. E vi as borboletas. E
meditei sobre as borboletas. Vi que elas dominam 
o mais leve sem precisar de ter motor nenhum no 
corpo. (Essa engenharia de Deus!) E vi que elas 
podem pousar nas flores e nas pedras sem magoar as
próprias asas. E vi que o homem não tem soberania 
nem pra ser um bentevi.



Manoel de Barros

quinta-feira, junho 30, 2011

Fotografando a poesia





"que a importância de uma coisa há que ser medida pelo encantamento que a coisa produza em nós." Manoel de Barros

terça-feira, junho 28, 2011

Ah! os relógios

Amigos, não consultem os relógios
quando um dia eu me for de vossas vidas
em seus fúteis problemas tão perdidas
que até parecem mais uns necrológios...

Porque o tempo é uma invenção da morte:
não o conhece a vida - a verdadeira -
em que basta um momento de poesia
para nos dar a eternidade inteira.

Inteira, sim, porque essa vida eterna
somente por si mesma é dividida:
não cabe, a cada qual, uma porção.

E os Anjos entreolham-se espantados
quando alguém - ao voltar a si da vida -
acaso lhes indaga que horas são...

Mário Quintana, A Cor do Invisível

segunda-feira, junho 27, 2011

Para a vida

A vida não é complexa. Nós é que temos complexos. (Oscar Wilde)

terça-feira, junho 21, 2011

presume-se

Ninguém é obrigado a gostar de animais. Agora, se diz que gosta, e tem algum animal presume-se que cuide dele. Se não for para cuidar, não tenha. Se for para deixar o bicho agonizar, compra um tamagotchi! Brincar com a vida de um ser que não pode se defender, e que confiou em você é cruel. E quem faz uma porra dessas não passa de um maldito filhodaputa!

domingo, junho 19, 2011

domingo, maio 08, 2011

Is this love

“There’s unconditional love there. You hear that phrase a lot, but it’s real with me and her. She loves me in spite of everything, in spite of myself. She has saved my life more than once. She’s always been there with her love, and it has certainly made me forget the pain for a long time, many times. When it gets dark and everybody’s gone home and the lights are turned off, it’s just me and her.” 


Johnny Cash about your wife, June Carter.

sábado, maio 07, 2011

Esse video é um sonho



Edward Sharpe and the Magnetic Zeros "Up From Below" Live Acoustic

quarta-feira, maio 04, 2011


Judging people you don’t know for things you don’t understand is just really stupid.
Ellen Page

quarta-feira, abril 27, 2011

Quantos antes de mim?

O casal começa a namorar, a intimidade vai aumentando com o passar dos dias, até que um dos dois resolve fazer aquela pergunta infalível, assim, como quem não quer nada: amor, com quantas pessoas você já transou?
É fria. Não responda. (...)
A verdade é honrosa, mas nem sempre é necessária. A troco de que querem saber com quantas pessoas você transou? (...) Seja qual for sua resposta, você não vai corresponder às expectativas, isso é certo.
(...)
Se você é mulher, a complicação é ainda maior. Por mais moderno que seu namorado aparente ser, no fundo, no fundo, ele espera, sim, que você seja uma santa. Não tolera a ideia de ser comparado com os antecessores. Se você disser a verdade, ele vai dizer: "Ah, 26? Ótimo, adoro mulheres experientes", e sairá da sua casa direto pro bar, em busca de um coma alcoólico. Se você disser que foi só um - e pode muito bem ser verdade -, ele vai pensar que você está de gozação, que foram mais de 300. Uma curiosidade: pesquisas revelam que a maioria das mulheres responde que foram 9. Melhor não entrar na casa dos dois dígitos.
O fato é que ninguém ficará satisfeito com a resposta. Portanto, não pergunte, não responda. Diga que antes de conhecê-lo (a) você não viveu e sugira logo uma meia muzzarela, meia calabresa pra encerrar o assunto.

Martha Medeiros

quinta-feira, abril 21, 2011

Castro Alves


Eu sei como este mundo ri d´escárnio,
Deste aéreo sonhar da fantasia.
Eu sei p´ra cada crença de noss´alma,
Ele tem uma frase de ironia...
Ah! deixai-me guardar o meu segredo:
Deste riso cruel eu tenho medo...
(...)

quarta-feira, abril 20, 2011

A natureza humana

"Assim, sob qualquer ângulo que se esteja situado para considerar esta questão, chega-se ao mesmo resultado execrável: o governo da imensa maioria das massas populares se faz por uma minoria privilegiada. Esta minoria, porém, dizem os marxistas, compor-se-á de operários. Sim, com certeza, de antigos operários, mas que, tão logo se tornem governantes ou representantes do povo, cessarão de ser operários e por-se-ão a observar o mundo proletário de cima do Estado; não mais representarão o povo, mas a si mesmos e suas pretensões de governá-lo. Quem duvida disso não conhece a natureza humana."
Mikail Bakunin

terça-feira, abril 19, 2011

segunda-feira, abril 18, 2011

Meu segredo - Castro Alves

II

Recorda-te do pobre que em silêncio
De ti fez o seu anjo de poesia.
Que tresnoitou cismando em tuas graças,
Que por ti, só por ti, é que vivia.
Que tremia ao roçar de teu vestido,
E que por ti de amor era perdido...

Sagra ao menos uma hora em tua vida
Ao pobre que sagrou-te a vida inteira,
Que em teus olhos, febril e delirante,
Bebeu de amor a inspiração primeira,
Mas que de um desengano teve medo,
E guardou dentro d´alma o seu segredo!

domingo, abril 17, 2011

Eles que não se amavam...

Para mudar o sentido,
para voltar a ser grande,
simples e humano,
para começar a querer bem
necessário era
- mesmo para os que tanto sabem -
aprender a apascentar as ânsias,
a acariciar os ventos, a amar o bisonho,
a brindar a luz, a beijar os dias, a beliscar as tristezas.

Livro Eles que não se amavam, de Celso Sisto

sexta-feira, abril 15, 2011

percepção II

é como você percebe as coisas, como percebe o mundo,
como persegue a vida

sexta-feira, abril 08, 2011

Bom senso

terça-feira, abril 05, 2011

com os bichos comuns

(...)
"Era um canário ordinário, nunca lera Bilac, e parecia feliz em sua gaiola. Nós o amávamos desse amor vagaroso e distraído com que enquadramos um bichinho em nossa órbita afetiva. Creio mesmo que se ama com mais força um animal sem raça, um pássaro comum, um cachorro vira-lata, o gato popular que anda pelos telhados. Com os animais de raça, há um afetação que envenena um pouco o sentimento; com os bichos comuns, pelo contrário, o afeto é de uma gratuidade que nos faz bem."

Um pequeno pedaço da crônica "O canarinho" de Paulo Mendes Campos

domingo, abril 03, 2011

sábado, abril 02, 2011

TV SUCKS

A televisão é a maior maravilha da ciência a serviço da imbecilidade humana.
(Apparicio Torelly)

sexta-feira, abril 01, 2011

O amor acaba

O amor acaba. Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques e ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite voltada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão, como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicáveis entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drink, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova York; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; no álcool;  de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba. 

Paulo Mendes Campos

domingo, março 27, 2011

Jade e Alexander

Him: Jade.
Her: Alexander.
Him: Do you remender that day you fell outta my window?
Her: I sure do, you came jumping out after me.
Him: Well, you fell on the concrete, nearly broke your ass, you were bleeding all over the place and I rushed you out to the hospital, you remember that?
Her: Yes, I do.
Him: Well, there's something I never told you about that night.
Her: What didn't you tell me?
Him: While you were sitting in the backseat smoking a cigarette you thought was gonna be your last, I was falling deep, deeply in love with you, and I never told you til just now.

Parte da música "Home" de Edward Sharpe & the Magnetic Zeros




sábado, março 26, 2011

percepção

sexta-feira, março 25, 2011

Descontraída noite de vinhos com amigos

Bebe vinho!
Tens muitos séculos para dormir.
Vinho é amargo? Não importa! Tem o gosto da vida!
Todos os reinos por uma taça de vinho precioso. 


(Omar Khayyan)

quinta-feira, março 24, 2011

Dizem por aí...

que os três últimos desejos de Alexandre, o Grande foram os seguintes:
  1. Que seu caixão fosse transportado pelas mãos dos médicos da época;
  2. Que fosse espalhado no caminho até seu túmulo os seus tesouros conquistados, como prata, ouro e pedras preciosas;
  3. Que suas mãos fossem deixadas balançando no ar, fora do caixão, à vista de todos.
Um dos seus generais, admirado com esses desejos insólitos, perguntou a Alexandre qual a razão desses pedidos. Eis a sua explicação: Quero que os mais iminentes médicos carreguem meu caixão para mostrar que eles não têm poder de cura perante a morte; que o chão seja coberto pelos meus tesouros para que as pessoas possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui permanecem; e que minhas mãos balancem ao vento para que também possam ver que de mãos vazias viemos e de mãos vazias partimos.

quarta-feira, março 23, 2011

Elizabeth Taylor


Viva a jovem musa do cinema, 
pois ela possui o mistério do sonho 
e permite tornar a irrealidade realista.
 (Jean Cocteau) 

quarta-feira, março 09, 2011

manhã de carnaval


"Depois deste dia feliz, não sei se outro dia haverá, é nossa manhã tão bela afinal: manhã de carnaval"

fotografia de Inácio Silva

domingo, março 06, 2011

Grande Sertão: Veredas

“Todos estão loucos, neste mundo? Porque a cabeça da gente é uma só, e as coisas que há e que estão para haver são demais de muitas, muito maiores diferentes, e que a gente tem de necessitar de aumentar a cabeça, para o total. Todos os sucedidos acontecendo, o sentir forte da gente – o que produz os ventos. Só se pode viver perto de outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho de saúde, um descanso na loucura.”
Guimarães Rosa

terça-feira, março 01, 2011

domingo, fevereiro 27, 2011

Querido irmão,

(...) eu vou indo... Numa constante batalha com as minhas fraquezas e mente instável.

Traçar metas é fácil, ir ao encontro delas já complica portanto alguns sentimentos precisam ser trabalhados. Abandonar velhos hábitos e criar novos; por mais que o novo possa ser promissor, há um mínimo de lamento ao desprezar o velho. Não busco mais estabilidade espiritual em minha jornada, tenho evitado considerar o metafísico por enquanto, as agruras terrenas já dão o que pensar! Minha luta pessoal, no momento, é por um novo olhar. Não posso ignorar o lirismo que me é nato, mas posso pô-lo no "seu devido lugar". Alguém disse uma vez, "com os olhos nas estrelas, mas com os pés no chão."

(...) Não julgo mais o passado, este só me serve agora para não cometer velhos e novos erros.

(...) Ele parece ótimo. (...) Mencionei-o porque ele sempre me lembra que as coisas são feitas de pequenas mudanças, "um passo de cada vez", e que todo dia é uma nova batalha por si mesmo. Me identifiquei com ele de alguma forma, não estou falando de drogas, estou falando de acordar todo o dia e não ver razão para se levantar. Mudanças para tornarem-se sólidas devem ser gradativas. Vou me empenhar.

Tenho ido na academia frequentemente, tomei gosto pela coisa quem diria. Continuo menosprezando o ambiente, mas tenho sido mais contida e flexível. (...) Nada que o meu maior companheiro não amenize - o velho e bom livro. Faço uma hora de bike e nem vejo passar (...)

(...) Quando eu "crescer" quero ser igual a ela, fazer o que... Eu curto muito a boêmia! Mas daremos um tempo uma da outra, é bom para virar novidade e ser aproveitada com muito mais prazer, e o que é melhor, com a consciência tranquila. Quero alterar a minha consciência pelo deleite da sensação que me é proporcionada, e não para fugir do que quer que seja. (...)

(...) sinceramente, sinto-me bem em saber que vocês estão em bons momentos nas suas vidas porque afinal fizeram e estão fazendo por onde. Esforço e boas ações são meritórios.

Assisti "O Livro de Eli" (...) Até curti a ideia central, o lance da Bíblia como um livro de palavras confortáveis e de esperança para uma humanidade desumanizada, mas o filme em si é banal.

Bom, me despeço aqui.
Sua sempre saudosa irmã





Carta enviada ao meu irmão no dia de hoje