quarta-feira, novembro 30, 2011

"

Não precisamos saber tudo sobre as pessoas que amamos.

terça-feira, novembro 29, 2011

Auto-Retrato Falado - Manoel de Barros

Venho de um Cuiabá de garimpos e de ruelas entortadas.
Meu pai teve uma venda no Beco da Marinha, onde nasci.
Me criei no Pantanal de Corumbá entre bichos do chão,
aves, pessoas humildes, árvores e rios.
Aprecio viver em lugares decadentes por gosto de estar
entre pedras e lagartos.
Já publiquei 10 livros de poesia: ao publicá-los me sinto
meio desonrado e fujo para o Pantanal onde sou
abençoado a garças.
Me procurei a vida inteira e não me achei – pelo que
fui salvo.
Não estou na sarjeta porque herdei uma fazenda de gado.
Os bois me recriam.
Agora eu sou tão ocaso!
Estou na categoria de sofrer do moral porque só faço
coisas inúteis.
No meu morrer tem uma dor de árvore.

segunda-feira, novembro 28, 2011

Start the day

"Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo." (José Saramago)

"Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos." (Einstein)

"O macaco é um animal demasiado simpático para que o homem descenda dele." (Nietzsche)

"Tolo é aquele que afundou seu navio duas vezes e ainda culpa o mar." (Publylus Syrus)

quinta-feira, novembro 24, 2011

Fabrício Carpinejar

Procurei entender os sinais
suspensos entre as colunas
e as fechaduras. Empenhei-me
em esclarecer os recados
apressados de socorro,
o tambor lacerado das paredes.
decifrei o grafite dos banheiros
públicos, as inscrições puídas
no lenho, os volantes
recebidos no trânsito.
A vida com erros de ortografia
tem mais sentido.
Ninguém ama com bons modos.

quarta-feira, novembro 23, 2011

terça-feira, novembro 22, 2011

LXXXI - Baudelaire

É impossível percorrer uma gazeta qualquer, seja de que dia for, ou de que mês, ou de que ano, sem nela encontrar, a cada linha, os sinais da perversidade humana mais espantosa, ao mesmo tempo que as gabolices mais surpreendentes de probidade, de bondade, de caridade, e as afirmações mais descaradas a respeito do progresso e da civilização.
Os jornais, sem exceção, da primeira à última linha, não passam dum tecido de horrores. Guerras, crimes, roubos, impudicícias, torturas, crimes dos príncipes, crimes das nações, crimes dos particulares, uma embriaguez de atrocidade universal.
É com esse repugnante aperitivo que o homem civilizado acompanha a sua refeição de cada manhã. Tudo, nesse mundo, transpira o crime: o jornal, a muralha e o semblante do homem.
Não compreendo que uma mão pura possa tocar num jornal sem uma convulsão de repugnância.

segunda-feira, novembro 21, 2011

Num muro por aí...

AME A TODOS
CONFIE EM POUCOS
MAS NÃO SEJA INJUSTO COM NINGUÉM

segunda-feira, novembro 07, 2011

Eu vou tirar você desse lugar



Música de Odair José, em um cover maravilhoso do Los Hermanos

sábado, novembro 05, 2011

Algumas verdades de Caio Fernando

"Quem quer, arruma um jeito. Quem não quer, uma desculpa."

"tem coisa mais autodestrutiva do que insistir sem fé nenhuma?"

"E que graça teria a vida, se só houvessem dias ensolarados e amigos equilibrados?"

"Tenho fantasmas terríveis dentro de mim, preciso encará-los."

"Tem muita coisa que, francamente, cá entre nós, não faço mesmo questão de saber."