sábado, dezembro 25, 2010

quarta-feira, dezembro 22, 2010

Fechando ciclos - Fernando Pessoa

"Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final... Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver. Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram. Foi despedida do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações? Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu... Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó. Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seus amigos, seus filhos, seus irmãos, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado. Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora... Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem. Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos. Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor. Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais. Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do 'momento ideal'. Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará! Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante. Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida... Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. E lembra-te: Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.”

terça-feira, dezembro 21, 2010

Com mil perdões mas,

como ser mãe pode te tornar patética! Pelo menos é de um jeito "bonitinho".

Chapas de Viagem - Vigésima terceira

sexta-feira, dezembro 17, 2010

Vida desperta

Um amigo me disse, certa vez, que o maior erro que podemos cometer é acharmos que estamos vivos quando, na verdade, estamos dormindo na sala de espera da vida. O segredo é combinarmos as habilidades racionais da vida desperta com as possibilidades infinitas de nossos sonhos. Se soubermos fazê-lo, poderemos fazer qualquer coisa. Já teve um emprego que odiava e ao qual se dedicava muito? Depois de trabalhar o dia todo, você chega em casa, deita e fecha os olhos. Aí você acorda e percebe que o dia de trabalho havia sido um sonho. Já é ruim o bastante que vendamos nossa vida desperta por um salário mínimo, mas, agora, eles ficam com seus sonhos de graça.

Waking Life

quinta-feira, dezembro 16, 2010

Chapas de Viagem - Décima Terceira

vó: ela está lá fora olhando 'pra lua.

mãe: ah. Ela é assim mesmo. o que eu vou fazer? ELA É BOA

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Eu sei que a gente se acostuma. Mas não devia.

A gente se acostuma para poupar a vida. (Marina Colassanti)

domingo, dezembro 12, 2010

She & Him

quarta-feira, dezembro 08, 2010

Todos estão surdos

Desde o começo do mundo
Que o homem sonha com a paz
Ela está dentro dele mesmo
Ele tem a paz e não sabe
É só fechar os olhos e olhar pra dentro de si mesmo

Tanta gente se esqueceu
Que a verdade não mudou
Quando a paz foi ensinada
Pouca gente escutou
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Outro dia, um cabeludo falou:
"Não importam os motivos da guerra
A paz ainda é mais importante que eles."
Esta frase vive nos cabelos encaracolados
Das cucas maravilhosas
Mas se perdeu no labirinto
Dos pensamentos poluídos pela falta de amor.
Muita gente não ouviu porque não quis ouvir
Eles estão surdos!

Tanta gente se esqueceu
Que o amor só traz o bem
Que a covardia é surda
E só ouve o que convém
Mas meu Amigo volte logo
Vem olhar pelo meu povo
O amor é importante
Vem dizer tudo de novo

Um dia o ar se encheu de amor
E em todo o seu esplendor as vozes cantaram.
Seu canto ecoou pelos campos
Subiu as montanhas e chegou ao universo
E uma estrela brilhou mostrando o caminho
“Glória a Deus nas alturas
E paz na Terra aos homens de boa vontade”

Tanta gente se afastou
Do caminho que é de luz
Pouca gente se lembrou
Da mensagem que há na cruz
Meu Amigo volte logo
Venha ensinar meu povo
Que o amor é importante
Vem dizer tudo de novo



Composição: Roberto e Erasmo

terça-feira, dezembro 07, 2010

Marx

A religião é o suspiro da criatura aflita, o estado de ânimo de um mundo sem coração, o espírito da situação sem espírito. A religião é o ópio do povo.

domingo, dezembro 05, 2010

Indivisíveis - Quintana

O meu primeiro amor e eu sentávamos numa pedra 
Que havia num terreno baldio entre as nossas casas.

Falávamos de coisas bobas, 
Isto é, que a gente achava bobas 
Como qualquer troca de confidências entre crianças de cinco anos. 
Crianças…

Parecia que entre um e outro nem havia ainda separação de sexos 
A não ser o azul imenso dos olhos dela, 
Olhos que eu não encontrava em ninguém mais, 
Nem no cachorro e no gato da casa,

Que tinham apenas a mesma fidelidade sem compromisso 
E a mesma animal – ou celestial – inocência, 
Porque o azul dos olhos dela tornava mais azul o céu: 
Não, não importava as coisas bobas que disséssemos.

Éramos um desejo de estar perto, tão perto 
Que não havia ali apenas duas encantadas criaturas 
Mas um único amor sentado sobre uma tosca pedra,

Enquanto a gente grande passava, caçoava, ria-se, não sabia 
Que eles levariam procurando uma coisa assim por toda a sua vida…

sábado, dezembro 04, 2010

Ao Luar - Augusto dos Anjos

Quando, à noite, o Infinito se levanta
À luz do luar, pelos caminhos quedos
Minha tátil intensidade é tanta
Que eu sinto a alma do Cosmos nos meus dedos!

Quebro a custódia dos sentidos tredos
E a minha mão, dona, por fim, de quanta
Grandeza o Orbe estrangula em seus segredos,
Todas as coisas íntimas suplanta!

Penetro, agarro, ausculto, apreendo, invado
Nos paroxismos da hiperestesia,
O Infinitésimo e o Indeterminado...

Transponho ousadamente o átomo rude
E, transmudado em rutilância fria,
Encho o Espaço com a minha plenitude!

sexta-feira, dezembro 03, 2010

Mandrake

Mandrake: E agora?
Wexler: Agora o quê?
Mandrake: O que que a gente faz com essa galinha?
Wexler: Come, porra.
Mandrake: Não, eu estava brincando. Não vou comer e ainda mais depois de ter visto ela viva.
Wexler: Ah, mas um criminalista filantrópico como você devia se orgulhar de receber uma galinha em vez de seus honorários, não é. Só espero que seu próximo cliente não pague você com porco. Pena que galinha não voa, porque senão você podia oferecer a liberdade a ela. Abria a janela e libertava-a do jugo humano.
Mandrake: Claro que galinha voa.
Wexler: Não voa.
Mandrake: Voa.
Wexler: Galinha não voa. Ave que voa é pássaro.
Mandrake: Galinha voa.
Wexler: Não voa. Quer dizer, só se for uma galinha transgênica.
Mandrake: Bobagem, Wexler. Galinha voa.
Wexler: Olha, eu não vou ficar aqui discutindo essa coisa ridícula com você, Mandrake.
Mandrake: Quer apostar?

e vai a galinha janela abaixo

episódio Amparo

quinta-feira, dezembro 02, 2010

quarta-feira, dezembro 01, 2010

de hoje

"São as palavras que ficam por dizer que mais nos pesam, (...)"