"O bom de conhecermos pessoas é que um dia, elas nos apresentam a nós mesmos."
segunda-feira, junho 28, 2010
quinta-feira, junho 24, 2010
quarta-feira, junho 23, 2010
segunda-feira, junho 21, 2010
Portugal X Coréia do Norte
7 a 0???? em time que o brasil deu 2??? e ainda deixou passar 1??? pqp!!! precisamos de muitas boas vibrações...!
domingo, junho 20, 2010
Brasil X Costa do Marfim
juiz sem noção, uai! não dá falta que era para dar, e expulsa quem não era para expulsar!
sexta-feira, junho 18, 2010
Livrai-me - Carlos Queiroz
Livrai-me, Senhor
De tudo o que for
Vazio de amor.
Que nunca me espere
Quem bem não me quer
(Homem ou mulher).
Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.
E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação.
De tudo o que for
Vazio de amor.
Que nunca me espere
Quem bem não me quer
(Homem ou mulher).
Livrai-me também
De quem me detém
E graça não tem.
E mais de quem não
Possui nem um grão
De imaginação.
quinta-feira, junho 17, 2010
Pequenezas de Adélia
Impressionista
Uma ocasião,meu pai pintou a casa toda
de alaranjado brilhante.
Por muito tempo moramos numa casa,
como ele mesmo dizia,
constantemente amanhecendo.
Ensinamento
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
Minha mãe achava estudo
a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
"Coitado, até essa hora no serviço pesado".
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
(Adélia Prado)
segunda-feira, junho 14, 2010
Faça uma escolha
Choose Life. Choose a job. Choose a career. Choose a family. Choose a fucking big television, choose washing machines, cars, compact disc players and electrical tin openers. Choose good health, low cholesterol, and dental insurance. Choose fixed interest mortgage repayments. Choose a starter home. Choose your friends. Choose leisurewear and matching luggage. Choose a three-piece suite on hire purchase in a range of fucking fabrics. Choose DIY and wondering who the fuck you are on a Sunday morning. Choose sitting on that couch watching mind-numbing, spirit-crushing game shows, stuffing fucking junk food into your mouth. Choose rotting away at the end of it all, pishing your last in a miserable home, nothing more than an embarrasment to the selfish, fucked up brats you spawned to replace yourself. Choose your future. Choose life. But why would I want to do a thing like that?
sexta-feira, junho 11, 2010
segunda-feira, junho 07, 2010
Rilke
"...Tira-me a luz dos olhos - continuarei a ver-te
Tapa-me os ouvidos - continuarei a ouvir-te
E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti
E, mesmo sem boca, posso chamar por ti.
Arranca-me os braços e tocar-te-ei com o meu coração como se fora com as mãos...
Despedaça-me o coração - e o meu cérebro baterá
E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira,
Continuarei a trazer-te no meu sangue..."
Tapa-me os ouvidos - continuarei a ouvir-te
E, mesmo sem pés, posso caminhar para ti
E, mesmo sem boca, posso chamar por ti.
Arranca-me os braços e tocar-te-ei com o meu coração como se fora com as mãos...
Despedaça-me o coração - e o meu cérebro baterá
E, mesmo que faças do meu cérebro uma fogueira,
Continuarei a trazer-te no meu sangue..."
domingo, junho 06, 2010
sábado, junho 05, 2010
Poema de Emily Dickinson
Alguns guardam o Domingo indo à Igreja
Eu o guardo ficando em casa
Tendo um Sabiá como cantor
E um Pomar por Santuário.
Alguns guardam o Domingo em vestes brancas
Mas eu só uso minhas Asas
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja
Nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final
Eu o encontro o tempo todo no quintal.
Eu o guardo ficando em casa
Tendo um Sabiá como cantor
E um Pomar por Santuário.
Alguns guardam o Domingo em vestes brancas
Mas eu só uso minhas Asas
E ao invés do repicar dos sinos na Igreja
Nosso pássaro canta na palmeira.
É Deus que está pregando, pregador admirável
E o seu sermão é sempre curto.
Assim, ao invés de chegar ao Céu, só no final
Eu o encontro o tempo todo no quintal.
quinta-feira, junho 03, 2010
Chapas de Viagem - Nona
Outro dia me perguntaram como eu me imaginava daqui a cinco anos. Confesso que me atormentou essa pergunta, pois imaginar-me daqui a cinco anos é realmente assustador. Considerando “o pé” em que estou hoje, me imaginar daqui a cinco anos é REALMENTE assustador! Quando penso na minha vida, eu estou na categoria das “pessoas mais ferradas”. Eu ando pela rua e vejo pessoas caminhando, conversando, rindo, olhando vitrines, comendo... E não consigo parar de pensar em como tudo parece bem para elas, em como viver parece fácil, e em como eu não consigo ser uma delas. Eu sei que todo mundo tem os seus problemas e que, nem de longe, viver é algo tranquilo para algum ser humano, mas é que para mim tem sido impossível! Então, daqui a cinco anos, eu vou estar na sarjeta em algum lugar do mundo...
quarta-feira, junho 02, 2010
terça-feira, junho 01, 2010
O caso do anão (parte II)
Continuando...
"A vagina dentata! céus! Minha alma se encheu de terror. Sendo um anão, e ainda por cima preto, e ainda por cima velho, ainda que não pareça, por todos esses motivos eu não podia dizer a ela 'sua vagina está me assustando', isso um homem, ainda mais um homem de peculiaridades, como eu, nunca confessa. Aliás, medo, nessa circunstância, ou em qualquer outra, para ser exato, eu só havia tido uma vez, antes, na minha vida, mas aí foi por causa do cheiro. Essa é outra história interessante, que eu, se puder, se der tempo, conto ainda hoje; era um cheiro de inferno, de deixar qualquer um arrepiado, e olha que eu já andei onde nem rato anda - mas isso fica para depois. Então eu disse a ela que sentia fome, peguei o telefone e disse para me mandarem um filé com fritas. Antes perguntei se ela queria alguma coisa, ela disse que não, que não, e ficou se revirando na cama, de um lado para outro, gemendo e me chamando, como um tigre no cio. (...) Quem trouxe a comida foi uma garçonete, que fez uma cara engraçada quando me viu, meio envergonhada, como se um anão não fodesse como todas as outras pessoas - e é sabido, repito, que nosso pau e nosso tesão são maiores do que o dos outros -, (...) Nesse instante veio de dentro do quarto um gemido mais alto, cruciante, um barulho estridente, meio máquina, meio bicho. Contra a minha vontade, como se as minhas pernas fossem comandadas por outra pessoa, voltei para o quarto. Ela estava deitada em decúbito dorsal, com as pernas desmesuradamente abertas, dura, como se estivesse sofrendo de uma violenta cãibra, ou uma convulsão, parecia uma boneca de ferro, os dentes cerrados, os olhos fechados, o rosto torcido de dor. Por entre os dentes ela dizia qualquer coisa, sons difíceis de entender, mas que afinal compreendi. Pediu que eu não a deixasse morrer. Como foi que eu soube o que fazer? (...) Só havia uma coisa capaz de salvá-la! Peguei o bife e enfiei-o lentamente, carinhosamente na vagina pulsante, alimentando-a com meticuloso cuidado. Logo senti, à medida que a carne de vaca era devorada pela frincha creófaga, que a respiração dela normalizava-se, os músculos perdiam a contratura, o rosto voltava a ficar bonito."
(Trecho do livro A Grande Arte de Rubem Fonseca)
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