quinta-feira, julho 16, 2009

Diploma: Jornalista

A decisão do Ministério Público de que não será mais exigido o diploma de graduação para exercer a profissão de jornalista trouxe à tona muitos questionamentos. Pululam opiniões por todos os lados. A questão é: O diploma faz toda a diferença?
Os cursos de graduação em Comunicação continuarão existindo e formando profissionais. As empresas continuarão optando por competência. O mercado de trabalho continuará competidor. E o mundo se manterá capitalista! Ok, esta última foi apenas uma frase empolgada! O que penso é que não há necessidade para escarcéu. A mídia conseguiu mais uma manchete. Oposição, mais um motivo para discordar e manter-se firme como... oposição! Sinceramente, não compreendo a indignação dos jornalistas e nem a dúvida que paira agora sobre a autenticidade da profissão. Eu não sou jornalista e nem universitária da área, apenas aprecio e respeito a atividade. E fazendo uso do direito maior de, não apenas qualquer cidadão mas principalmente de todos os jornalistas – com diploma ou não – liberdade de expressão, faço a seguinte pergunta “É o diploma que forma o profissional”? E eu mesmo respondo que não é apenas o diploma e sim todo conhecimento oriundo de uma boa faculdade e, obviamente, de toda a dedicação dos pretendentes ao título de graduação. Quero deixar claro que meu intuito não é o desmerecimento daqueles que não tem um diploma. Se você for capacitado sem ter que ouvir professores, descabelar-se com trabalhos, passar noites em claro estudando para provas, sorte a sua! Quisera eu! Agora, se isto está fora de seu alcance e se, ainda sim, você deseja uma carreira creio que o diploma é o caminho mais natural.
O que eu gostaria de dizer para os estudantes que pensam em desistir de uma carreira jornalística por causa de uma decisão do Ministério Público, – que convenhamos, não é um exemplo a ser levado a sério em termos éticos e morais, e os Sarneys e Collors e Pimentas Neves estão aí para provar – é que não renunciem às suas ambições por receio de não ser valorizado. Porque o que importa para realizar uma tarefa é o quão habilitado você está, e se isso vem com um canudo ou não, é mero detalhe.