“Ela me traz paz, e eu nem sei se ela sabe… Ela não deixa só
o cheiro espalhado pela roupa e pelo quarto; deixa o sorriso estampado na cara
e a alma tão leve que quase tenho que buscá-la no céu. Transforma o cinza em
azul, ou qualquer coisa brega que dê para se entender. Ela me tumultua para me
acalmar. Não sei se faço o mesmo por e com ela. Porque nunca naveguei em águas
calmas e meus olhos são cheios de mistérios, aflições e tenho esse meu ar meio
melancólico. Mas mal sabe ela que sou feliz, porque deitar ali um segundo só já
é sonhar, porque ouvir a sua respiração pertinho da minha recupera qualquer
fôlego. Sou feliz por agora escrever pieguices e não querer de forma alguma
apagar cada palavra. Meu romantismo antes vagabundo agora é todo dela, e eu
acho que ela nem gosta dessas coisas. Eu também não gosto. É que ela é ela, ela
acerta o tom, a medida exata da paz. E tudo bem, lá fora todos estão se
matando, até a polícia resolveu matar. Mesmo em tempos de guerra, ela só me dá
vontade de falar em paz… E dizem por aí que estar apaixonado é estar alienado.”
— Camila
Costa.
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