domingo, agosto 22, 2010

os paradoxos me perturbam

Somos os autores de nós mesmos, criando um romance de Dostoievski estrelando palhaços. Isto em que estamos envolvidos, o mundo, é uma oportunidade de demonstrar como a alienação pode ser fascinante. (...) Assume-se que não se pode compreender a vida e viver ao mesmo tempo. Não concordo inteiramente. Ou seja, não exatamente discordo. Eu diria que a vida compreendida é a vida vivida. Mas os paradoxos me perturbam. Posso aprender a amar e fazer amor com os paradoxos que me perturbam. E em noites românticas do eu saio para danças salsa com a minha confusão. Antes que saia flutuando, não se esqueça, ou seja, lembre-se. Porque lembrar é muito mais uma atividade psicótica que esquecer. Lorca disse em um poema, que uma iguana morderá os que não sonham. E, quando se percebe que se é um personagem sonhado no sonho de outra pessoa... isso é consciência de si.
Waking Life