Então, de repente, sem pretender, respirou fundo e pensou que era bom viver. Mesmo que as partidas doessem, e que a cada dia fosse necessário adotar uma nova maneira de agir e de pensar, descobrindo-a inútil no dia seguinte. Caio Fernando Abreu
quarta-feira, abril 21, 2010
Poeta Zé da Luz
Se um dia nois se gostasse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse
Se um dia nois se queresse
Se nois dois se empareasse
Se juntim nois dois vivesse
Se juntim nois dois morasse
Se juntim nois dois drumisse
Se juntim nois dois morresse
Se pro céu nois assubisse
Mas porém acontecesse de São Pedro não abrisse
a porta do céu e fosse te dizer qualquer tulice
E se eu me arriminasse
E tu cum eu insistisse pra que eu me arresolvesse
E a minha faca puxasse
E o bucho do céu furasse
Tarvês que nois dois ficasse
Tarvês que nois dois caisse
E o céu furado arriasse e as virgi toda fugisse
segunda-feira, abril 19, 2010
terça-feira, abril 13, 2010
Pelo sonho - Sebastião da Gama
Pelo sonho é que vamos,
comovidos e mudos.
comovidos e mudos.
Chegamos? Não chegamos?
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Haja ou não haja frutos,
pelo sonho é que vamos.
Basta a fé no que temos.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Basta a esperança naquilo
que talvez não teremos.
Basta que a alma demos,
com a mesma alegria,
ao que desconhecemos
e ao que é do dia a dia.
Chegamos? Não chegamos?
- Partimos. Vamos. Somos.
- Partimos. Vamos. Somos.
segunda-feira, abril 12, 2010
Cara estúpido
sábado, abril 10, 2010
Hino Nacional - Drummond
(...)
Precisamos adorar o Brasil!
Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão
de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
Se bem que seja difícil compreender o que querem esses homens,
por que motivo eles se ajuntaram e qual a razão
de seus sofrimentos.
Precisamos, precisamos esquecer o Brasil!
Tão majestoso, tão sem limites, tão despropositado,
ele quer repousar de nossos terríveis carinhos.
O Brasil não nos quer! Está farto de nós!
Nosso Brasil é no outro mundo. Este não é o Brasil.
Nenhum Brasil existe. E acaso existirão os brasileiros?
sexta-feira, abril 09, 2010
Je vous salue, Sarajevo
Curta feito por Godard, onde ele esmiuça primorosamente uma fotografia de guerra.
quinta-feira, abril 08, 2010
Freud explica:
“É impossível fugir à impressão de que as pessoas comumente empregam falsos padrões de avaliação – isto é, de que buscam poder, sucesso e riqueza para elas mesmas e os admiram nos outros, subestimando tudo aquilo que verdadeiramente tem valor na vida. No entanto, ao formular qualquer juízo geral desse tipo, corremos o risco de esquecer quão variados são o mundo humano e sua vida mental. Existem certos homens que não contam com a admiração de seus contemporâneos, embora a grandeza deles repouse em atributos e realizações completamente estranhos aos objetivos e aos ideais da multidão. Facilmente, poder-se-ia ficar inclinado a supor que, no final das contas, apenas uma minoria aprecia esses grandes homens, ao passo que a maioria pouco se importa com eles”.
quarta-feira, abril 07, 2010
terça-feira, abril 06, 2010
Valsinha - Chico
Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar/Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar/E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar/E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar/E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar/Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar/Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar/E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar/E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou/E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou/E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais/Que o mundo compreendeu/E o dia amanheceu/Em paz
segunda-feira, abril 05, 2010
quinta-feira, abril 01, 2010
Soul Kitchen e este momento
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