quinta-feira, outubro 30, 2014
segunda-feira, outubro 27, 2014
sábado, outubro 18, 2014
Memórias Póstumas de Brás Cubas
“Talvez espante ao leitor a franqueza com que lhe exponho e
realço a minha mediocridade; advirto que a franqueza é a primeira virtude de um
defunto. Na vida, o olhar da opinião, o contraste dos interesses, a luta das
cobiças obrigam a gente a calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os
remendos, a não estender ao mundo as revelações que faz à consciência; e o
melhor da obrigação é quando, à força de embaçar os outros, embaça-se um homem
a si mesmo, porque em tal caso poupa-se o vexame, que é uma sensação penosa, e
a hipocrisia, que é um vício hediondo. Mas, na morte, que diferença! Que
desabafo! Que liberdade! Como a gente pode sacudir fora a capa, deitar ao fosso
as lantejoulas, despregar-se, despintar-se, desafeitar-se, confessar lisamente
o que foi e o que deixou de ser! Porque, em suma, já não há vizinhos, nem
amigos, nem inimigos, nem conhecidos, nem estranhos; não há plateia. O olhar da
opinião, esse olhar agudo e judicial, perde a virtude, logo que pisamos o
território da morte; não digo que ele se não estenda para cá, e nos não examine
e julgue; mas a nós é que não se nos dá do exame nem do julgamento. Senhores
vivos, não há nada tão incomensurável como o desdém dos finados.”
Trecho do livro de Machado de Assis
terça-feira, outubro 07, 2014
Temos que nos bastar
“Temos que nos bastar, nos bastar sempre e quando procuramos
estar com alguém, temos que nos conscientizar de que estamos juntos porque
gostamos, porque queremos e nos sentimos bem, nunca por precisar de alguém. As
pessoas não se precisam, elas se completam. Não por serem metades, mas por
serem inteiras, dispostas a dividir objetivos comuns, alegrias e vida. Com o
tempo, você vai percebendo que para ser feliz com a outra pessoa, você precisa
em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você
ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o
homem ou a mulher de sua vida. Você aprende a gostar de você, a cuidar de você,
e principalmente a gostar de quem gosta de você.”
— Mário
Quintana.
segunda-feira, outubro 06, 2014
Anne Frank
“Enquanto ainda há disto, pensei, um Sol tão brilhante, um
céu sem nuvens e tão azul, e enquanto me é dado ver e viver tamanha beleza, não
devo estar triste. Para qualquer pessoa que se sinta só ou infeliz, ou que
esteja preocupada, o melhor remédio é sair para o ar livre, ir para qualquer
parte, onde possa estar só com o céu e com a natureza, e com Deus. Então
compreende que tudo é como deve ser e que Deus quer ver os homens felizes no
meio da natureza, simples e bela. Enquanto assim for - e julgo que será sempre
assim - sei que há uma consolação para todas as dores e em todas as
circunstâncias. Creio que a natureza alivia os sofrimentos.”
— O Diário de
Anne Frank
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