No meu grande otimismo de inocente,
eu nunca soube por que foi... um dia
ela me olhou indiferentemente,
perguntei-lhe por que era... não sabia.
Desde então, transformou-se de repente
a nossa intimidade correntia
em saudações de simples cortesia
e a vida foi andando para a frente...
Nunca mais nos falamos... vai distante...
Mas, quando a vejo, há sempre um vago instante
em que seu mudo olhar no meu repousa.
E eu sinto, sem no entanto compreendê-la,
que ela tenta dizer-me qualquer coisa,
mas que é tarde demais para dizê-la...
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