segunda-feira, julho 30, 2007

Janela sobre herança - Eduardo Galeano

Pola Bonilla modelava barros e crianças. Ela era ceramista de mão-cheia e mestre-escola nos campos de Maldonado, e nos verões oferecia aos turistas suas esculturas e chocolate com churros.
Pola adotou um negrinho nascido na pobreza, dos muitos que chegam ao mundo sem ter com quê, e criou-o como se fosse um filho.
Quando ela morreu, ele já era homem crescido e com ofício. Então os parentes de Pola disseram:
- Entre na casa e pode levar o que quiser.
E ele saiu com uma fotografia dela debaixo do braço e se perdeu nos caminhos.

domingo, julho 29, 2007

É sempre um prazer


E de um povo heróico o brado retumbante
brilhou no céu da pátria nesse instante ...

Vês que um filho teu não foge à luta
nem teme quem te adora à própria morte ...

Terra adorada
entre outras mil
és tu Brasil
ó pátria amada

Dos filhos deste solo és mãe gentil
Pátria amada
BRASIL!!!

sexta-feira, julho 27, 2007

Soneto de Separação - Vinícius de Moraes

De repente do riso fez-se o pranto
Silencioso e branco como a bruma
E das bocas unidas fez-se a espuma
E das mãos espalmadas fez-se o espanto

De repente da calma fez-se o vento
Que dos olhos desfez a última chama
E da paixão fez-se o pressentimento
E do momento imóvel fez-se o drama

De repente, não mais que de repente
Fez-se triste o que se fez amante
E do sozinho o que se fez contente

Fez-se do amigo próximo o distante
Fez-se da vida uma aventura errante
De repente, não mais que de repente

...em que momento tudo desmoronou?... eu só pisquei os olhos... Um dia você sorri para vida e no outro ela ri de você

quinta-feira, julho 26, 2007

Minha dor


Não adianta chorar. Não adianta gritar. Dói na alma. No âmago do coração. A dor chega na garganta. A respiração começa a ser sentida segundo a segundo. Nossa... Como dói... Mas lágrimas não fazem parar de doer... Gritos não diminuem a dor... Espero que sofrer adiante... =´(

quarta-feira, julho 25, 2007

Porque a gente é assim...

Estou perdida. Giro, giro, giro. E quanto mais eu giro mais tonta fico e mais perdida me acho. Traço um caminho e parece muito claro. Parece fácil andar por ele. Mas porque as coisas não são como parecem? O tempo passa e quando me dou conta não há mais tempo. E quando olho pra trás, me animo. E ao olhar pra frente, respiro e caminho. Afinal, nossa vida está em nossas mãos. O dia a dia depende de nós. Nossas escolhas cabem à nós próprios. Sempre há escolha. Não há desculpa para a covardia. Erguer a cabeça e seguir em frente. O risco existe, de fato. Mas acomodar-se não pode ser uma solução. Pensar que tudo na vida é uma questão de visão, pode ser encorajador. Cada pessoa vê as coisas de uma forma. A sociedade tem uma visão. Não quer dizer que seja o correto. O receio da avaliação social deve ser posto de lado. Não dá pra ser inteiramente você, com seus sonhos e desejos e metas e vontades e castelos e sorrisos, quando nos preocupamos com opiniões alheias e esteriótipos sociais. É preciso ter coragem para amadurecer. Que venha a evolução!



terça-feira, julho 24, 2007

F.R.I.E.N.D.S


"ADMIRAMOS O MUNDO ATRAVÉS DO QUE AMAMOS"
Lamartine

segunda-feira, julho 23, 2007

Direita Volver!

Como podemos perceber hoje, a esquerda parece ter perdido a batalha: o mundo soviético ruiu, nunca houve tanta miséria e concentração de renda, o sistema político norte-americano – o chamado neoliberalismo – parece o único destino possível para as nações (...)
Quanto a cultura norte-americana, ela se espalha por todo o planeta através de redes intercontinentais de telecomunicações.
Mas não é só isso. Fomos assistindo, aos poucos, a uma incrível despolitização da vida. Os jovens de hoje não se mobilizam diante das questões políticas (...) Acham os “papos-cabeça” cansativos (...) Admiram a cultura americana, lêem pouco e muitos não sabem quem foi Karl Marx.
(...) E vamos nos tornando insensíveis à miséria e às diferenças sociais na mesma proporção em que elas crescem, tornam-se visíveis e nos alcançam em cada esquina da cidade. Adquirimos diante desse mundo, violento e hostil, uma postura do tipo “a responsabilidade não é minha”, impensável nos idos anos 60.
Está certo que viver a radicalização daquela época não era fácil, que tínhamos medo. Não o medo psicológico. Era o medo físico do cassetete e da prisão.
(...) Mas era maravilhoso crer. Ter um ideal, sonhar com ele e nos sentir participantes da construção de um mundo que pensávamos melhor – e, em grupo! Como era bom ter claro diante dos olhos quem eram os amigos e defender diante da vida uma posição ética.
Perder isso foi a grande derrota. Quando John Lennon disse sua mais célebre frase “O sonho não acabou”, ele não se referia ao fim da mais famosa banda de rock que existiu no mundo, mas à perda de um sentido e de uma direção.

Livro “Caminhando contra o vento – Adolescente dos anos 60” de Cristina Costa

domingo, julho 22, 2007

Boa resposta

Diante de Guernica, um soldado pergunta a Picasso:
- Você que fez?
Ao que ele responde:
- Não, vocês que fizeram.

... Perde-se a causa quando se usa de violência

sexta-feira, julho 20, 2007

Meus amigos...

... "Nossas loucuras são as mais sensatas emoções. Tudo o que fazemos deixamos de lembrança para os que sonham um dia ser como nós: loucos, mas felizes."

ADORO VOCÊS



quinta-feira, julho 19, 2007

Você e eu



"(...) Senti seus dedos brincando em minha pele. Beijou meus pés, pernas, coxas... Ofegante suspirava. Seus lábios subiram por meu corpo. Beijou-me a boca intensamente. Senti tua carne penetrar minha carne... Teus olhos agora fitavam os meus (...)"

trecho de "Na alcova dos meus desejos" - Arlete de Andrade