Nos regimes autoritários é uma minoria corrupta que escolhe os governantes; na democracia é a maioria incompetente.
quarta-feira, junho 04, 2008
sexta-feira, maio 30, 2008
In-Justiça do Brasil
Notícia veiculada no último dia 6 de maio pelo portal G1 (http//:g1.globo.com)
"Fazendeiro acusado pela morte de Dorothy Stang é absolvido."
Missionária foi assassinada em fevereiro de 2005, em área rural do Pará. Em primeiro julgamento, réu havia sido condenado a 30 anos de prisão.
"O fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária, foi absolvido após dois dias de julgamento (...) "Aqui não senta réu já condenado. Esse tribunal é livre e possui autonomia. Quem estiver descontente, que recorra à esfera maior", afirmou Eduardo Imbiriba, advogado do fazendeiro. (...) Já Rayfran das Neves Sales, réu confesso do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão. (...) Marilda Cantal, defensora pública de Rayfran Sales, foi a primeira a se manifestar. Ela disse que o crime não foi por encomenda e que Rayfran só atirou na missionária por que se sentia pressionado por Dorothy e pelos colonos que a vítima apoiava. Segundo a advogada, Rayfran praticou um crime de natureza simples. (..)"
E por aí vai um tanto de declarações e argumentos absurdos! A questão é que o fazendeiro foi declarado mandante do crime pelos executores diretos e, está livre, graças a mais uma "ajustada" decisão da "justiça" brasileira.
Toda vez que um justo grita,
um carrasco vem calar.
Quem não presta fica vivo,
quem é bom, mandam matar .
(De O Justo, do Cancioneiro da Independência, de Cecília Meireles)
quarta-feira, maio 28, 2008
Excertos do livro "Demian"
"Não creio ser um homem que saiba. Tenho sido sempre um homem que busca, mas já agora não busco mais nas estrelas e nos livros: começo a ouvir os ensinamentos que meu sangue murmura em mim. Não é agradável a minha história, não é suave e harmoniosa como as histórias inventadas; sabe a insensatez e a confusão, a loucura e o sonho, como a vida de todos os homens que já não querem mais mentir a si mesmos."
*
"Por isso, cada um de nós tem que encontrar por si mesmo o "permitido" e o "proibido" relativamente à sua própria pessoa - o que é proibido a cada um de nós. Podemos deixar de fazer tudo o que for proibido e sermos, a despeito disso, um ressumado patife. E vice-versa. - Em suma, tudo não passa de uma questão de comodidade! Aquele que acha mais cômodo não ter que pensar por si mesmo e ser seu próprio juiz, acaba por submeter-se às proibições vigentes. Acha isso mais simples. Mas há outros que sentem em si mesmos sua própria lei, e consideram proibidas certas coisas que os homens de bem perpetram a todo instante e permitem outras sobre as quais recai uma geral interdição. Cada qual tem que responder por si mesmo."
*
"Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de mim. Por que isso me era tão difícil?"
"Queria apenas tentar viver aquilo que brotava espontaneamente de mim. Por que isso me era tão difícil?"
segunda-feira, maio 19, 2008
A esperança - Augusto dos Anjos
A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salva-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a crença de fanal bendito,
Salva-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da morte a me bradar: descansa!
domingo, maio 18, 2008
sexta-feira, maio 09, 2008
Fala-nos dos filhos
Vossos filhos não são vossos filhos.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
Os Filhos - Khalil Gibran
Para a minha Mãe, com respeito e carinho:
Amo-te como és, faças o mesmo por mim.
São os filhos e as filhas da ânsia da vida por si mesma.
Vêm através de vós, mas não de vós.
E embora vivam convosco, não vos pertencem.
Podeis outorgar-lhes vosso amor, mas não vossos pensamentos,
Porque eles têm seus próprios pensamentos.
Podeis abrigar seus corpos, mas não suas almas;
Pois suas almas moram na mansão do amanhã,
Que vós não podeis visitar nem mesmo em sonho.
Podeis esforçar-vos por ser como eles, mas não procureis fazê-los como vós,
Porque a vida não anda para trás e não se demora com os dias passados.
Vós sois os arcos dos quais vossos filhos são arremessados como flechas vivas.
O arqueiro mira o alvo na senda do infinito e vos estica com toda a sua força
Para que suas flechas se projetem, rápidas e para longe.
Que vosso encurvamento na mão do arqueiro seja vossa alegria:
Pois assim como ele ama a flecha que voa,
Ama também o arco que permanece estável.
Os Filhos - Khalil Gibran
Para a minha Mãe, com respeito e carinho:
Amo-te como és, faças o mesmo por mim.
segunda-feira, maio 05, 2008
quinta-feira, maio 01, 2008
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